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Suicídio na adolescência: como identificar sinais e oferecer apoio

  • liucrispsi
  • 2 de jul.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 8 de out.

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Falar sobre suicídio na adolescência é difícil, mas necessário. O número de adolescentes que vivenciam sofrimento emocional intenso tem crescido, e muitos deles não sabem como pedir ajuda. O silêncio, o isolamento e os sinais sutis costumam ser ignorados ou confundidos com “fase” ou “drama”. E, infelizmente, isso pode custar caro.

O suicídio é uma das principais causas de morte entre adolescentes no Brasil e no mundo, segundo dados da OMS. Mas por trás desses números, existem histórias de dor, solidão, angústia — e muitas vezes, falta de escuta e acolhimento.


Por que adolescentes pensam em suicídio?

A adolescência é uma fase de intensas mudanças físicas, emocionais e sociais. É o momento de construção da identidade, busca por pertencimento e experimentação. Mas, para muitos jovens, esse processo é marcado por:

  • Conflitos familiares frequentes

  • Bullying ou exclusão social

  • Pressão escolar ou autoexigência

  • Abuso físico, sexual ou psicológico

  • Questões relacionadas à identidade de gênero ou orientação sexual

  • Sentimentos de inadequação, fracasso ou rejeição

  • Doenças mentais como depressão, ansiedade, TDAH ou transtornos de humor

O adolescente, muitas vezes, não quer acabar com a vida — quer acabar com a dor, mas não sabe como.


Sinais de alerta que não devem ser ignorados

Embora nem sempre os sinais sejam evidentes, alguns comportamentos merecem atenção especial:

  • Mudanças bruscas de humor ou comportamento

  • Isolamento, perda de interesse por atividades que antes gostava

  • Fala frequente sobre morte, desaparecer, não fazer falta

  • Descuido com a aparência e higiene

  • Queda no rendimento escolar

  • Despedidas inesperadas ou entrega de objetos importantes

  • Automutilações ou ferimentos inexplicáveis

  • Uso de frases como “vocês estariam melhor sem mim” ou “não aguento mais”

Esses sinais não são chantagem, exagero ou drama adolescente. São pedidos de ajuda.


Como os pais e responsáveis podem ajudar?

1. Escute sem julgar

Críticas, broncas e interrupções fazem o adolescente se fechar ainda mais. Ofereça escuta verdadeira, sem tentar resolver tudo de imediato. “Estou percebendo que você está sofrendo. Não sei exatamente como te ajudar, mas quero muito entender e estar ao seu lado.”

2. Leve os sinais a sério

Nunca minimize falas ou comportamentos que envolvam morte, tristeza profunda ou desistência da vida. “Se ele está dizendo isso, é porque está sofrendo de verdade.”

3. Não espere que ele melhore sozinho

Procure ajuda profissional o quanto antes. Psicólogos e psiquiatras são aliados importantes no cuidado com a saúde mental.

4. Fortaleça o vínculo familiar

Adolescentes que se sentem pertencentes, amados e aceitos têm mais recursos emocionais para lidar com os desafios da vida. Demonstre amor, mesmo que ele pareça não querer. Sua presença faz diferença.

O papel da psicoterapia

A psicoterapia oferece ao adolescente um espaço seguro para falar sobre suas dores, entender seus sentimentos e desenvolver estratégias mais saudáveis de enfrentamento. Também pode ajudar a família a lidar melhor com o sofrimento do jovem, aprendendo a se comunicar com mais empatia e eficácia.


O suicídio na adolescência é um tema delicado, mas urgente. O silêncio pode ser perigoso — mas a escuta, o cuidado e a presença podem salvar vidas. Esteja atento aos sinais, ofereça apoio e, acima de tudo, não hesite em buscar ajuda profissional.

A vida do seu filho ou filha pode estar dependendo disso.


Lilian Guedes Psicóloga (CRP 22/458) Especialista em psicoterapia infantojuvenil. Atendimento presencial em Salvador (BA) e on line para todo o Brasil



 
 
 

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