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Como lidar com um adolescente difícil? Entenda antes de reagir

  • liucrispsi
  • 18 de jul.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 8 de out.



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A adolescência é um período cheio de transformações. Corpo, mente, emoções e identidade estão em constante mudança. No meio de tudo isso, muitos pais e responsáveis se deparam com um desafio que parece não ter manual: “Como lidar com um adolescente difícil?”

Antes de tudo, é importante ressignificar o termo “difícil”. Na maioria das vezes, o que parece ser rebeldia, desinteresse ou agressividade é, na verdade, um pedido de ajuda mal expressado. O adolescente está tentando entender quem é, como se encaixa no mundo, e como lidar com as emoções intensas que o invadem — muitas vezes sem saber como nomeá-las.

1. Tente ouvir além das palavras

Adolescentes nem sempre dizem o que sentem, mas demonstram através de atitudes. Uma fala ríspida pode esconder tristeza; o isolamento pode ser sinal de ansiedade; a irritabilidade pode vir da sensação de não ser compreendido.

Em vez de reagir com críticas, experimente se aproximar com curiosidade e empatia:

“Percebi que você está mais quieto esses dias. Se quiser conversar, estou aqui para ouvir, sem julgamento.”

2. Estabeleça limites com acolhimento

Adolescentes precisam de limites. Eles testam regras não porque querem desafiar tudo, mas porque estão tentando entender até onde podem ir. Por isso, é essencial manter combinados claros, com consequências coerentes e previsíveis — sem rigidez extrema, mas também sem permissividade total.

Dê preferência a frases como:


“Eu entendo que você está com raiva, mas gritar não é uma forma de resolver. Podemos conversar de outra maneira?”

3. Esteja emocionalmente disponível

Mesmo quando o adolescente se afasta, responde com ironia ou diz que “não precisa de ninguém”, no fundo ele precisa se sentir aceito, amado e seguro.

Demonstrar presença afetiva — mesmo sem palavras — faz diferença:

  • Preparar uma refeição favorita

  • Deixar um bilhete dizendo “te amo”

  • Dizer com calma: “Não concordo com seu comportamento, mas continuo te amando”

4. Evite disputas de poder

Lutar para “ter razão” ou impor autoridade à força costuma piorar os conflitos. O ideal é adotar uma postura firme e empática, buscando diálogo e não confronto.

Lembre-se: educar um adolescente não é vencê-lo em discussões, mas guiá-lo para desenvolver responsabilidade, autonomia e consciência emocional.

5. Considere apoio psicológico

Se o comportamento do adolescente se tornar muito extremo — como agressividade intensa, isolamento, automutilação, uso de substâncias ou queda significativa no desempenho escolar — buscar ajuda profissional é essencial.

A psicoterapia pode ser um espaço seguro para que ele expresse sentimentos, desenvolva estratégias saudáveis de lidar com as dificuldades e fortaleça sua identidade.


Lidar com um adolescente “difícil” exige mais escuta do que controle, mais acolhimento do que cobrança, mais presença do que perfeição. A boa notícia é que, mesmo nas relações mais conflituosas, o vínculo pode ser reconstruído — com tempo, paciência e afeto.


Lilian Guedes Psicóloga (CRP 22/458)Especialista em psicologia do adolescente e psicoterapia infantojuvenil Atendimento presencial em Salvador (BA) e on line em todo o Brasil.


 
 
 

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