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Adolescência e o Vício nas Telas: Quando o Uso Vira Excesso

  • liucrispsi
  • 18 de jul.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 25 de jul.


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Vivemos em uma era digital em que as telas fazem parte do cotidiano: celulares, computadores, tablets e videogames são ferramentas presentes na escola, no lazer e nas interações sociais. Para os adolescentes, que estão em uma fase de intensas transformações emocionais, cognitivas e sociais, essas tecnologias são, muitas vezes, a principal ponte com o mundo. Mas quando o uso deixa de ser saudável e se transforma em vício?

O que caracteriza o “vício em telas”?

O vício em telas não é apenas o uso prolongado da tecnologia, mas o uso que causa prejuízos significativos no sono, nas relações familiares, na escola, na saúde mental e na capacidade de se desligar voluntariamente dos dispositivos.

Alguns sinais de alerta incluem:

  • Irritabilidade ou ansiedade ao ficar sem o celular ou jogos.

  • Queda no rendimento escolar.

  • Isolamento social ou dificuldade de interação fora do ambiente virtual.

  • Alterações no sono (ficar acordado até tarde usando o celular, por exemplo).

  • Dificuldade de concentração e aumento da impulsividade.

Por que os adolescentes são mais vulneráveis?

Durante a adolescência, o cérebro ainda está em formação e áreas ligadas ao controle de impulsos, recompensa e tomada de decisão estão em desenvolvimento. As redes sociais e os jogos digitais são construídos para liberar dopamina — o neurotransmissor do prazer —, o que torna o adolescente mais suscetível a desenvolver um uso compulsivo.

Além disso, a internet oferece uma “fuga” rápida de emoções difíceis, como solidão, ansiedade, inseguranças ou conflitos familiares. É aí que o uso da tela deixa de ser um recurso e passa a ser um refúgio constante.

Qual o papel dos pais e responsáveis?

O acompanhamento dos adultos é essencial, e não se trata apenas de limitar o tempo de uso, mas de construir diálogo, empatia e presença.

Algumas dicas práticas:

  • Estabeleça rotinas claras de uso: com horários definidos e momentos sem telas (como nas refeições ou antes de dormir).

  • Incentive atividades offline: esportes, arte, leitura ou tempo ao ar livre.

  • Dê o exemplo: os adolescentes aprendem mais com o comportamento dos adultos do que com discursos.

  • Converse sobre o conteúdo acessado: demonstre interesse em conhecer os jogos, vídeos ou redes sociais que fazem parte da vida do adolescente.

  • Procure ajuda profissional se houver sinais de prejuízo emocional, comportamental ou social relacionados ao uso excessivo.

A psicoterapia como suporte

Quando o uso das telas está ligado a sofrimento psíquico ou dificuldades emocionais mais profundas, a psicoterapia pode ser uma ferramenta valiosa. Em um espaço seguro e acolhedor, o adolescente pode entender melhor suas emoções, desenvolver recursos internos e refletir sobre seus comportamentos e escolhas.

O uso da tecnologia não é, em si, um vilão — ela pode ser aliada no aprendizado, na criatividade e na conexão. Mas é fundamental observar os limites, promover equilíbrio e oferecer apoio emocional, especialmente na adolescência, que é um período tão intenso e cheio de descobertas.


Lilian GuedesPsicóloga (CRP 22/458)Especialista em psicologia do adolescente e psicoterapia infantojuvenilAtendimento online e presencial em Salvador (BA)


"Atendo adolescentes em Salvador e online. Quer saber mais sobre como a psicoterapia pode ajudar? Fale comigo!"

 
 
 

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