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Adolescentes e a Separação dos Pais: Quando o Mundo Parece Virar do Avesso

  • 13 de mai. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 1 de jul.


A separação dos pais é sempre um momento delicado, independentemente da idade dos filhos. Mas na adolescência, essa experiência pode ter um impacto ainda mais profundo. Isso porque o adolescente já está vivendo um turbilhão interno — mudanças físicas, emocionais, sociais — e, nesse cenário, ver a estrutura familiar se transformar pode gerar confusão, dor e muitas dúvidas.

Como os adolescentes vivem a separação?

Diferente de crianças pequenas, os adolescentes já têm alguma compreensão sobre relacionamentos, conflitos e escolhas. Ainda assim, a separação pode ser vivida com intensidade e ambivalência. Eles podem se sentir divididos entre os pais, culpados pela separação ou com raiva da situação. Em outros casos, demonstram distanciamento emocional como forma de proteção.

Reações comuns incluem:

  • Mudanças de humor e comportamento

  • Queda no rendimento escolar

  • Isolamento ou agressividade

  • Questionamentos sobre o amor, os relacionamentos e o futuro

  • Dificuldade em confiar nos adultos

  • Tristeza, ansiedade ou sensação de abandono

Não é "drama", é dor real

É importante lembrar que o adolescente ainda está construindo sua identidade e visão de mundo. Quando o ambiente familiar — base de segurança e referência — se modifica de forma brusca ou conflituosa, ele pode se sentir sem chão.

Por isso, é essencial validar seus sentimentos, oferecer espaço para o diálogo e garantir que ele não se sinta responsável pela decisão dos pais.

O papel da família

Mesmo separados, os pais continuam sendo figuras fundamentais na vida do adolescente. O modo como lidam com a separação faz diferença no impacto emocional dos filhos. Evitar expô-los a brigas, não transformá-los em mensageiros ou aliados de um dos lados e manter uma comunicação respeitosa são atitudes que protegem o adolescente.

Quando buscar ajuda psicológica?

Alguns sinais indicam que o adolescente pode estar com dificuldades para elaborar o luto da separação:

  • Sofrimento emocional intenso e persistente

  • Dificuldade de adaptação à nova rotina

  • Alterações importantes no sono, alimentação ou humor

  • Verbalização de ideias negativas sobre si mesmo ou sobre a vida

  • Recusa em conviver com um dos pais

A psicoterapia oferece um espaço seguro para que o adolescente possa compreender e ressignificar essa fase. O terapeuta ajuda a elaborar os sentimentos envolvidos, fortalecer recursos internos e desenvolver estratégias para lidar com as mudanças familiares.

Separar não precisa ser sinônimo de perder

A separação dos pais pode marcar o início de uma nova configuração familiar — diferente, mas ainda assim saudável. Com apoio emocional, escuta e cuidado, o adolescente pode atravessar esse processo e construir vínculos mais conscientes e fortes, inclusive com seus próprios sentimentos.



 
 
 

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