Ansiedade na Adolescência: Quando o Coração acelera sem aviso
- 13 de mai. de 2024
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Atualizado: 1 de jul.
A adolescência é um período cheio de descobertas, mudanças e desafios, emoções se intensificam, os relacionamentos ganham novas camadas e, muitas vezes, a cobrança por desempenho e escolhas futuras se torna uma constante. No meio de tudo isso, é natural que surjam inseguranças, medos e dúvidas. Mas quando essas sensações ultrapassam o limite do que é esperado e começam a interferir no bem-estar e na rotina do adolescente, pode ser sinal de ansiedade.
O que é a ansiedade?
A ansiedade é uma emoção humana comum. Sentir-se ansioso antes de uma prova, uma apresentação ou uma conversa importante é normal. No entanto, na adolescência, essa emoção pode ganhar intensidade e, em alguns casos, se transformar em um transtorno. Isso significa que o adolescente passa a sentir medo ou preocupação excessiva com frequência, mesmo quando não há uma ameaça real.
Sinais que merecem atenção
Nem sempre a ansiedade aparece de forma clara. Às vezes, ela se disfarça em comportamentos ou sintomas físicos. Alguns sinais comuns são:
Dificuldade para dormir ou pesadelos frequentes
Dores no corpo ou no estômago sem causa médica aparente
Medo constante de errar, decepcionar ou ser rejeitado
Irritabilidade ou crises de choro
Dificuldade de concentração
Evitar situações sociais, escolares ou familiares
Pensamentos negativos recorrentes
É importante lembrar que cada adolescente pode manifestar a ansiedade de forma diferente.
Por que isso acontece na adolescência?
Esse período da vida envolve uma série de transformações — hormonais, cognitivas, sociais e emocionais. O adolescente começa a construir sua identidade, a questionar o mundo e a si mesmo. Soma-se a isso a pressão por desempenho escolar, aceitação social, expectativas familiares e, atualmente, a comparação constante nas redes sociais. Tudo isso pode gerar sobrecarga emocional e favorecer o desenvolvimento da ansiedade.
Como a psicoterapia pode ajudar?
A psicoterapia oferece um espaço seguro para que o adolescente possa expressar o que sente, entender suas emoções e desenvolver formas mais saudáveis de lidar com elas. No processo terapêutico, é possível trabalhar a autoestima, o autoconhecimento e estratégias de enfrentamento, fortalecendo os recursos internos do jovem.
Além disso, o acompanhamento psicológico pode envolver o diálogo com a família, promovendo compreensão e suporte no ambiente familiar — essencial para a superação da ansiedade.
Falar é o primeiro passo
A ansiedade na adolescência não deve ser ignorada nem tratada como "frescura" ou "fase". É uma realidade que merece escuta, acolhimento e cuidado. Se você é adolescente e tem se sentido sobrecarregado, saiba que você não está sozinho. E se você é pai, mãe ou responsável, observe com carinho e busque apoio profissional quando perceber que algo não vai bem.
Cuidar da saúde emocional é tão importante quanto cuidar do corpo. E quanto antes esse cuidado começar, maiores são as chances de um desenvolvimento mais saudável e equilibrado.
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